17 de jul. de 2010

Foi isto que eu fiz e dei uma reviravolta na minha vida profissional

O Monge, a Montanha e a Vaca.

Na minha primeira postagem, falei como larguei tudo só para mexer com fotografia e citei que existia uma estória sobre a vaca e o monge e que eu me identificava muito com ela
Pois quem procura acha e eu achei.
Leiam aqui embaixo e se inspirem também a darem uma guinada na vida de voces.


Um velho monge e seu discípulo costumavam visitar as pessoas que moravam em vilarejos distantes da cidade. Num dos seus passeios, já estava anoitecendo e eles ainda estavam no meio de uma estrada, distantes do vilarejo para onde se dirigiam. Avistaram um sítio, aproximaram-se e pediram pousada durante aquela noite
O sítio era muito simples. Ali, viviam um casal de aparência humilde e seus três filhos, pequenos, raquíticos. A pobreza do lugar era visível e, mesmo assim, eles acolheram, de bom grado, a dupla de viajantes.
Durante o jantar, onde fora servido mingau de leite com farinha, o mestre indagou:
"-Neste lugar não há sinais de comércio ou de algum trabalho. Também não vimos nenhuma plantação. Como vocês sobrevivem aqui?"
O dono da casa respondeu:
"- Meu amigo, nós temos uma milagrosa vaquinha, que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse leite nós vendemos ou trocamos na cidade, por outros alimentos ou coisas que necessitamos. Outra parte fazemos queijo , coalhada, pirão e, assim, vamos sobrevivendo. Não sabemos plantar, também acho que essa terra não dá nada e tudo aqui é muito difícil. Ai de nós se perdemos a nossa vaquinha!"
De madrugada, os dois receberam um copo de leite quente. Em seguida, agradeceram a hospitalidade e foram embora. Assim que sairam do sítio, o mestre ordenou ao discípulo que ele pegasse a vaca e a atirasse num precipício. O jovem, surpreso, não só se chateou como ficou revoltado com a atitude desumana do seu mestre:
" -Como podemos destruir a única fonte de sobrevivência dessa família?".
Relutou um pouco, mas limitou-se a cumprir a ordem do mestre.
Alguns anos depois, o jovem, retornando sozinho àquela região, resolveu se dirigir ao sítio daquela família que lhes hospedara.
Chegando lá, qual não foi o seu espanto quando verificou que o local havia mudado muito. O casal que vinha em sua direção era o mesmo, mas estava feliz. As crianças cresceram e, agora, já quase adolescentes, estavam bonitas, bem nutridas. Tudo havia passado e para melhor: horta, frutas, galinhas, animais diversos passeavam pelo sítio. O jovem, não acreditando no que via e ainda se sentindo culpado, questionou:
"- Como é possível vocês terem progredido tanto?!"
Ao que o casal respondeu:
"- Quando vocês estiveram aqui a nossa situação não era das melhores. Tínhamos só uma vaquinha e toda a nossa sobrevivência vinha dela. Logo após a saída de vocês, aconteceu uma tragédia - nossa vaquinha caiu num precipício. Entramos em desespero, mas, daí em diante, tivemos que fazer outras coisas, desenvolver outros meios de sobrevivência. Descobrimos que a nossa terra era fértil e boa para legumes e frutas. Fomos, aos poucos, criando gosto e hoje é essa beleza que o senhor está vendo. Graças à perda da nossa vaquinha."


Esta estória é conhecida por muitos, mas queria compartilhar com os que estão precisando dar aquele empurrãozinho na vaquinha morro abaixo e os fazer acreditar que é preciso tentar fazer o que os deixa feliz.
Quando tomei minha decisão de vender tudo que era concreto ( buffet, salão de festas, cerimonial, que batalhei durante redondos 13 anos e 3 meses) e viver só da fotografia, durante um mes inteiro, ( setembro de 2008) não fechei nenhum contrato e meu marido e filhos todos os dias me perguntavam se eu tinha certeza da decisão que eu tomei de um dia para o outro. Eu tinha certeza absoluta que queria ser feliz e que estava tecnicamente pronta para viver só da fotografiia e era só aguardar, fazer bons contatos que a coisa aconteceria.
E no mes seguinte, em outubro de 2008, fechei 9 contratos, todos acima de R$ 2.300,00, mostrando que temos que ter a coragem realmente para enfrentar o que nos prende e ir atrás dos nossos sonhos que sabemos ter condição de colocá-los em prática.
Desejo coragem para todos os que lerem isto aqui.
FIM.

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